As barragens são um exemplo de como podemos parar a água da chuva que flui para os oceanos, mas existem sistemas naturais com capacidade para armazenar quantidades de água muito superiores a qualquer barragem. Conhece algum?
70% da superfície do nosso planeta é constituída por água, mas apenas 3% é água doce. A maioria da água doce encontra-se congelada na Antártica e na Gronelândia e cerca de 29% da água está no subsolo em locais que não são acessíveis pelo Homem, fazendo com que apenas cerca de 1% esteja disponível para consumo e uso humano, um recurso realmente muito escasso.
Existem diversas soluções que devem ser adotadas para nos adaptarmos às alterações climáticas e ao provável aumento dos períodos de seca severos; uma delas é armazenar a água da chuva que cai em abundância em alguns anos para ser utilizada nos anos com menos pluviosidade. As barragens são um exemplo de como podemos parar a água da chuva que flui sem demoras para os oceanos, mas existem sistemas naturais com capacidade para armazenar quantidades de água muito superiores a qualquer barragem, um deles é o solo.
Os solos funcionam como uma esponja. Absorvem a água da chuva e vão libertando-a lentamente, criando um fluxo constante de água a que chamamos de ribeiras e rios, que mesmo passado muitos dias sem chuva, se houver solo suficiente a montante, continuam a providenciar-nos água da melhor qualidade. Porém a chuva é um fator de erosão do solo, pelo que, para que a chuva não leve o solo consigo diretamente para os rios e finalmente oceanos, são necessárias árvores, florestas, que segurem o solo no sítio. As florestas, para além de protegerem o solo da erosão da chuva, protegem também da erosão do vento e solar e são essenciais na produção de solo novo, pelo que se quisermos ter mais solo e, por conseguinte, mais água armazenada, precisamos de plantar mais árvores.
Na Plantar uma Árvore trabalhamos em diversas áreas com solos degradados com o objetivo de recuperar os bosques nativos para que também o solo se possa regenerar e com isso termos mais formas de nos adaptarmos às alterações climáticas e aos períodos de seca extrema.