O Teixo é uma espécie nativa da Europa, das Montanhas do Atlas e da Ásia Menor. Em Portugal é uma espécie espontânea, sobretudo na região norte e centro, mas atualmente parece estar confinado à Serra da Estrela, Gerês e aos arquipélagos da Madeira e dos Açores. É uma espécie rara em Portugal e que enfrenta o perigo de extinção.
Com porte arbustivo ou arbóreo, pode atingir 10 a 20 metros de altura e cuja copa é cónica, larga e possui folhas persistentes. É uma espécie de floração dioica, o que significa que possui flores masculinas e femininas, que ocorrem em indivíduos diferentes.
O Teixo é conhecido por ser uma planta venenosa, com toxinas que podem ser absorvidas por inalação, ingestão e através da pele; apenas o invólucro vermelho e carnudo da semente é comestível. A ingestão mesmo de uma pequena quantidade da folhagem do teixo pode provocar a morte. No entanto, embora a taxina seja tóxica para humanos e outros animais, esta substância também desempenha um papel importante na medicina. A partir da taxina extraída e utilizada em laboratório, é produzido o taxol, uma substância que tem sido usada eficazmente no combate a vários tipos de cancro.
De crescimento lento, o teixo pode viver mais de 2000 anos. De acordo com alguns registos fósseis, que remontam ao Miocénico inferior, acredita-se que esta seja a árvore mais antiga da Europa. Devido à sua toxicidade, em Portugal o teixo tornou-se um inimigo dos pastores, que o têm eliminado das áreas agrícolas ao longo dos anos.
Floresce de março a abril e pode ser propagado por semente ou estaca. É resistente ao frio mas sensível à geada.
Atualmente tem o estatuto de espécie ameaçada, por isso os voluntários da Plantar uma Árvore, em parceria com a Fundação Mata do Bussaco, têm promovido esta espécie nos viveiros da Fundação e plantado esta espécie na Mata.