Com a degradação dos ecossistemas as populações de seres vivos que fazem parte destes vão diminuindo e desaparecendo. Quais as espécies que se encontram nestas áreas degradadas e como é que estas beneficiam dos trabalhos de conservação?
De uma forma muito simplificada, define-se biodiversidade como o conjunto dos diferentes seres vivos de todas as origens que fazem parte de um ecossistema, ou seja, das várias comunidades que interagem com o meio ambiente.
Mas a biodiversidade não passa só por aquilo que se vê ou ouve quando passeamos pela floresta ou à beira mar, mas sim de todas as cadeias de comunidades que fazem um ecossistema funcionar. Para que estes ecossistemas funcionem têm que ser estáveis, sem perturbações que façam um ou outro conjunto de seres vivos desaparecer, criando um desequilíbrio na Natureza.
É para tentar colmatar estas instabilidades, muitas das quais criadas pelo Homem, que nascem conceitos como o da conservação da biodiversidade e restauro dos ecossistemas.
Ao longo de uma semana, no PNSC, fizemos um teste para tentar perceber, quantas espécies da fauna que normalmente passa desapercebida conseguíamos registar sem esforço e sem procurar diretamente. Resultado: 15 espécies.
Apesar de o número não ser elevado, algumas destas espécies encontram-se já em estado vulnerável, como é o caso da borboleta Aurinia, a única borboleta diurna em Portugal protegida por leis europeias ou então espécies que fazem parte da fauna endémica da Península Ibérica, como é o caso da subespécie de Salamandra de Fogo (Salamandra salamandra gallaica). Com o deterioramento dos ecossistemas onde vivem, os números das suas populações naturalmente vão diminuindo e eventualmente acabaram por desaparecer.
Considerando a degradação dos ecossistemas na zona onde foram encontradas e especialmente na envolvente, do ponto de vista ecológico é um bom sinal que estas espécies ainda existam nos locais, o que significa que ainda se poderá trabalhar estas zonas de forma a aumentar a biodiversidade das mesmas. Mas e o que podemos nós fazer? Continuar a apoiar o que a Natureza já faz sozinha, através, por exemplo, do controlo de espécies invasoras e da sua substituição por espécies nativas com plantações e sementeiras.