A Plantar Uma Árvore ao fazer pontes entre conservação da natureza, sociedade e entidades gestoras de áreas naturais, funciona muitas vezes como um facilitador, enfrentando desafios inerentes, tendo consubstanciado um mote de intervenção assente na adaptação, persistência e consistência.
A associação promove uma estrutura interna horizontal, com os que assumem responsabilidades de gestão a ter uma presença interventiva assídua no terreno, permitindo que as decisões sejam ajustadas aos desafios e necessidades reais registadas no terreno, que a equipa funcione de forma coesa e pautada pelo exemplo e que sejam incorporados princípios de acção adaptados às intervenções.
A realidade das intervenções no terreno consubstancia a missão da associação e com o tempo emergiram três eixos estruturantes para fazer face aos desafios emergentes: adaptação, persistência e consistência.
Procuraremos aqui dar alguns exemplos capitais de como estes três eixos se relacionam com os três pilares da missão da associação, mencionados no início, designadamente: conservação da natureza, sociedade e entidades gestoras de áreas naturais.
A adaptação emerge de aspectos como os inexoráveis processos naturais e as alterações climáticas, as diferentes tipologias e dinâmicas dos voluntários envolvidos ou os diferentes paradigmas e formas de intervenção dos parceiros.
A persistência aplica-se face a aspectos como o controlo de espécies exóticas invasoras, as baixas taxas de sobrevivência e de crescimento das plantas em áreas ecologicamente degradadas, a possibilidade de desmotivação dos voluntários face aos desafios, a resistência do envolvimento dos proprietários privados, a continuidade de paradigmas mais conservadores baseados em engenharia florestal em alternativa a paradigmas mais progressistas baseados na ecologia.
A consistência aplica-se face a aspectos como a primazia pela qualidade da intervenção de uma área em alternativa ao quantitativo da extensão de área afecta a intervenções, a insistência na prestação de informação como meio de capacitação dos voluntários , a uma relação com os diversos parceiros e actores pautada por elevados padrões éticos e profissionais.
Cada colaborador ou voluntário coordenador, envolvido no quotidiano da associação, reconhece estes eixos como um mote transversal a toda a acção e age imbuído pelo mesmo, porque, afinal, nós somos o que fazemos.